
Cristina Mayumi: paulistana de nascimento e brasiliense de coração, Mayumi veio para capital em 2008. Morou e trabalhou no Japão por nada menos que 11 anos anos e finalmente resolveu radicalizar-se no Distrito Federal por conta de novos horizontes, trabalho e família. Essa verdadeira guerreira nissei é esposa do cineasta Cleuberth Choi, com quem aprendeu a produzir, trabalhar e amar a sétima arte. Por conta da produção de seu companheiro produtor de cinema Mayumi desenvolveu diversos trabalhos cinematográficos que vão desde iluminação e fotografia até edição e finalização de filmes. Na verdade essa habilidosa nissei reuniu todo seu conhecimento e dedicação aprendidos nas tradições oriental e ocidental e mandou ver, fazendo o que a maioria dos video-makers e cineastas sabem muito bem que é criar um exército de um homem só. Ou seja, mão-de-obra especializada em cinema é pra lá de cara, daí esses corajosos empreendedores da telona acabam por aprender e fazer sempre quase todos os serviços da área por conta de baixíssimo orçamento, que por por mais modestos que possam parecer acabam por levar economias de anos de serviço de outras áreas de trabalho, porque câmeras profissionais, microfones, ilha de edição de cinema, dentre outras coisas, perfazem equipamentos que são caro pra caramba! Por isso Mayumi e seus colegas de produção cinematográfica tem que ter sempre nosso reconhecimento.
De volta ao tema das atividades da telona, há uma que tem técnica específica que Mayumi salientou ao produzir a foto abaixo, onde predomina o cenário de cor verde: o chroma key, que significa literalmente cor chave.

É possível achar na internet crianças e gente grande ensinando e se aventurando com tecidos de cor verde limão ou azul esticados e iluminados em espaços que viram cenário em home ou estúdios profissionais. Neles qualquer coisa que se deseje (de cenários virtuais a imagens de cidades, fazendas etc.) substituem toda a parte da imagem que tenha aquela cor chave, ou seja, o próprio chroma key, para criarem as impressões que fazem os artistas serem literalmente transportados para o ambiente que se deseje que eles estejam. Para clarear as idèias, um ator é fotografado ou filmado em um stúdio com cenários de cor verde ou azul, onde tal ator não pode vestir qualquer das cores que estejam sendo utilizadas como chroma key, vez que todos os espaços onde o chroma key aparece será substituído por imagens que se deseje inserir o ator. Para ilustrar o problema de se usar vestimentas de mesma cor do chroma, caso se queira fazer o homem invisível, basta que o artista atuante se envolva com tecido da mesma cor e ele desaparecerá de cena! Todo o espaço ocupado por ele será substituído pelas imagens que por sua vez substituirão o fundo verde ou azul. Exemplos práticos dessa realidade estão em todos os filmes da geração contemporanea de cinema, quando assistimos atores e atrizes voando ou em topos de edifícios que provocam aquele frio na barriga do telespectador, pois acredita estarem os artistas na beira de precipícios ou locais de risco de mesma intensidade. Na verdade encontram-se os mesmos em estúdios de cor verde ou azul e são animados pelo drama de se fazer movimentos como se estivessem para cair etc. E com ajuda de efeitos especiais de ventania provocadas por potentes ventiladores passam a total realismo quando se substitui o cenário do chroma. Nesse caso do precipício se terá a impressão de que, de fato, o artista está lá no topo do edifício e que a qualquer momento pode cair. Cristina Mayumi vem estudado, aprendendo e aplicando essa difícil técnica em suas produções e demonstra isso nessa linda fotografia de fundo verde e seus resultados práticos podem ser assistidos em suas obras cinematográficas. Todos do blog desejam sucesso para essa admirável cineasta que sempre tem espaço garantido nos posts da Banda Rock Brasília.