
Mário Pazcheco, crítico musical de renome no DF e no ranking do cult nacional, ouviu o EP da Rock Brasília e deixou sua importantíssima impressão digital do que achou desse trampo intitulado O ROCK BRASÍLIA AINDA NÃO MORREU! Segue na íntegra texto de Pazcheco publicado no site de seu próprio domínio, Do Próprio Bolso:
Réquiem & revanche para o rock Brasília
Banda Rock Brasília é:
• Rogério Águas (direção musical, guitarras e voz) • Magu Cartabranca (voz) • Thiago Laboriel (contrabaixo) • Lucas Carmo (bateria)
Faixas
01. “O Rock Brasília Ainda Não Morreu” / 02. “Comfortably Numb” / 03. “Vivifica” / 04. “Foi na Testa ou Foi no Braço? 666” / 05. “Valerá” / 06. “Fantoches”
Em tempos de agrura e crise, os CDs involuntariamente assumiram um formato de miniópera devido ao pequeno número de faixas apresentadas. Geralmente, são selecionadas as melhores músicas e ganha-se tempo ao invés dos longuíssimos e dispensáveis 70 minutos normais do CD.
Eu tive a oportunidade de ter acompanhado algumas apresentações da Banda Rock Brasília para ficar familiarizado e satisfeito com o resultado deste CD de apresentação.
A direção musical do CD é crua, minimal e urgente. O perfeccionismo parco das gravações deixaram a bateria em primeiro plano, um plano abandonado pelas gravações requintadas, delícia ouvir o trabalho cru da bateria. O repertório é um apanhado de clichês dos anos 80 desde Joan Jett a Van Halen.
A faixa de abertura “O Rock Brasília Ainda Não Morreu” corta dos dois lados é a narrativa da ascenção e queda do ritmo da capital. Que decaiu com a morte de Renato Russo “quem irá contar esta história” e como tudo que é deturpado a faixa ainda mostra o cinismo das homenagens e a revanche dos bastidores. Neste CD são normais as reminiscências que são homenagens a sonoridade de Loro Jones no Capital Inicial.
A versão pesada de “Comfortably Numb” jamais gravada pelo Pink Floyd, serve como fantasia e agonia para o rock Brasília. O embrião de formação da Banda Rock Brasília é alicerçado na mitologia de capelas, jazigos, funerais, clínicas, doentes terminais que deram origem ao nome Sepultura (prezado leitor há 37 anos atrás houve uma banda de rock pesada chamada Sepultura aterrorizando os coretos da cidade Cruzeiro em Brasília). Sepultura era nome pesado e evitado tal como Aborto Elétrico ou Camisa de Vênus mal sabíamos do porvir que tal nome seria reutilizado em causa própria.
O nome da terceira faixa ainda não conseguir desvendar... Já a faixa seguinte é um hino “Foi na Testa ou Foi no Braço? 666” incrivelmente parecida com uma melodia da banda Sem Destino mas aqui apresentada com o humor dos filmes B. Um rock altamente vibrante e idenficável carregado de adrenalina. Em todo o CD, a guitarra aparece afinada sem abusos ou ostentações.
Espertamente nas outras faixas são incorporadas as batidas urbanas e o moderno palavreado e frases do rap na apropriada “Fantoches” o politicismo éa bordado: política e cinismo. Diante da pasmaceira Rock Brasília ainda sangra os ouvidos.
Será Magu Cartabranca precursor do rock pesado nacional?
O vocalista Magu Cartabranca jamais um cantor, é apresentador do programa de TV à cabo O Libertário orgulhosamente, ele segue a dinastia dos colunáveis Gilberto Amaral e Bernardete Alves, comparação elogiosa.
São 10 anos cravados como a estaca do vampiro que o generoso Magu Cartabranca tenta alavancar a audiência do site Do Próprio Bol$o.
Somos conhecidos dos palcos desde o final dos anos 70, quando o quinteto Sepultura urrava seu rock sobrenatural através das caixas de som valvuladas. Magu Cartabranca é o que pode-se chamar de Entertainer enforcando-se no palco, dedilhando seu teclado ou roubando a cena e provocando ciúmes entre os membros das várias formações de suas bandas: “vocês não fazem ideia de como é difícil”.
Já varamos madrugadas lendo poemas na 109 Sul, incontáveis encontros nos palcos da cidade, ele sempre com o microfone procurando uma voz para conspirar com seu tema preferido a liberdade de expressão. Seu programa, O Libertário é a sua imagem. Magu Cartabranca dono de uma prodigiosa memória ainda não se tocou da sua importância na cena do rock Brasília, mas os produtores o amam. Um cara cordato, entevistador centrado e artista irreverente.
O ministro Toffoli mandou arquivar o processo que o Original Sepultura movia contra o Sepultura dos irmãos Cavalera. No processo, a farta documentação da banda de Brasília foi extraviada, fotos da banda com Cássia Eller e registros com todas as formações do Sepultura de Brasília, banda com a trajetória assustadora como todas as grandes bandas de rock pesado. Pouparei os leitores desta trajetória de overdoses e suicídios.
Seria trágico cômico mas nesta ópera-rock surreal, Margu Cartabranca acabou sem nenhum vintém mesmo tendo citado os Cavaleras em seu domícilio em Curitiba. Espertamente eles não compareceram evitando que o caso se espalhasse na mídia no caso do nome homônimo, nomes homônimos na cena do rock são fatos comuns, já que nos anos 60 já existia uam banda chamada Iron Maiden.
– Este é Magu Cartabranca vocalista do Sepultura!
O metaleiro instântaneamente dispara, – do Sepultura Cover?
– Não do Sepultura de Brasília. A longa história é mais uma vez recontada...
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