
Essa vai para os amantes, estudiosos e pesquisadores do canto: performance é importante na execução de qualquer música, pois, faz parte da difícil e complexa tarefa de executar uma obra ao vivo diante de uma platéia. A questão não é fácil. Se por um lado não se deve fazer uma apresentação apática e sem convicção, por outro excitação demasiada pode gerar criatividade infeliz com resultados tragi-cômicos. No exemplo que essa bagaça de blog trouxe para ilustrar e alertar essa galera que rala para melhorar seu vocal, o cantor Miguel é ótimo exemplo. Ele mesmo publicou em sua conta no Twíter na época do episódio: "Graças a Deus está tudo bem!" após show (em maio de 2013) onde sua brilhante idéia de pular de um lado para outro no palco da premiação da Billboard Music Awards, USA, terminou finalmente com um salto onde o cantor acabou aplicando uma voadora no pescoço de uma espectadora que bateu fortemente a cabeça no chão! A mulher atingida posou com Miguel para a imprensa logo que passou susto, dizendo que estava tudo bem, mas depois resolveu processar o rapaz alegando problemas neurológicos gerados pela pancada da voadora do cantor. De fato, muitos shows de artistas famosos e menos conhecidos muitas vezes não passam de sessão de comédia tal são as peripécias encontradas para apoiar a falta de competência na hora de executar uma canção. No Brasil é comum a exploração de mulheres que se apresentam desde programas de TV iguais ao antigo Chacrinha e o atual Faustão, com apelo sexual fortíssimo para garantir audiência e compensar incompetência (é pra rimar mesmo, pois a conotação é perfeita), até as bandas de baianas e duplas sertanejas que sempre apelam para a velha fórmula oriunda diretamente do mundo da prostituição (que nesse caso fazia e faz total sentido). Não podemos deixar de citar o mais infeliz dos casos na história da música brasileira, quando o vocalista que se apresentava com sua banda na famigerada boate Kiss intentou apimentar sua performance disparando sinalizador no teto da casa e o resultado todos lamentamos muito. Por essas e outras, que os amantes operadores e pesquisadores da música, de modo geral, e do canto, em particular, evitem esse tipo de apelo, pois, cantar ou tocar instrumentos requer bom senso e mínimo de domínio para levar alegria sem passar pelo ridículo, pelo trágico ou mesmo pelo cômico (salvo se neste último caso se tratar de sessão de comédia, onde a música é ingrediente indispensável).
Nenhum comentário:
Postar um comentário